Tudo
começou quando o ex-arbitro cearense Emanuel Gurgel que na época
trabalhava com confecção e
possuía uma banda, a Banda Aquárius,
sentiu que o público, como ele, amava o forró. Entretanto, não
existia sequer uma banda que só o tocasse.
Esse pensamento foi suficiente dar início a Banda de forró
Mastruz
com Leite.
A
origem do nome vem dos tempos da faculdade, quando Emanuel Gurgel
possuía
um time de handbool que se chamava
Mastruz com Leite.
O time acabou e a
banda herdou o nome que até hoje causa impacto e curiosidade entre as
pessoas.
Para quem não sabe, o
Mastruz
é uma planta medicinal que cura doenças do
aparelho respiratório e é um ótimo cicatrizante, entre outras
finalidades.
Entretanto, quando misturado ao
Leite,
"forma uma dose de vida", como
disse o ex-saxofon
ista
e compositor da banda Jorge Nobre, ou serve para esquentar o corpo e a
alma, espantando a tristeza e a solidão dos dispostos a provar do seu
sabor apresentado hoje no em todo Brasil e em alguns países lá fora.
Com
uma composição inovadora, pois aliava novos instrumentos à sanfona,
zabumba e triângulo, Emanuel pretendia revolucionar os padrões do
forró,
tornando-o estilizado e progressista. Era o "New Forró" que
nascia com o
Mastruz com Leite.
Esse novo ritmo que contrariou alguns e satisfez outros,
foi responsável pela renovação do estilo da Música Popular
Nordestina.

A
Banda, que teve início em novembro de 1990, possuía em sua primeira
formação o sanfoneiro Zé Wilson, os bateristas Jean e Marcelo, o
baixista Bel e os vocalistas Japinha e Tony Silveira, sendo que este
último também era guitarrista.
Com
o tempo surgiu a necessidade de uma voz feminina na Banda.
Inicialmente, o Mastruz,
que só tocava nos intervalos dos shows
da Banda Aquárius, fez seu primeiro show solo no Mangueira Clube,
em Fortaleza. Depois resolveu sair da capital para o interior do
Ceará,
tocando principalmente em Quixadá, Iguatú e Campos Sales.
A
Banda começava a sentir que estava no caminho certo e resolveu
divulgar seu trabalho pelo Nordeste, fazendo sua primeira apresentação
em Araripinha – Pernambuco.
No
Nordeste, sentiu algumas dificuldades para conquistar a Bahia,
hoje superadas. A conquista da região Sudeste também foi difícil,
mas foi alcançada. A única região que ainda não se contagiou com
o ritmo delicioso do Mastruz
com Leite
foi a Sul. Mas isso é uma
questão de tempo.
Tempo
que também foi necessário em São Paulo. Isto porque, na
primeira vez que foi convidado para tocar na capital, a Casa de
Shows que o contratou não tinha um só pagante na hora do
espetáculo. O público se resumia aos garçons, os empresários
e os músicos. Hoje, o
Mastruz consegue
atrair mais de
10 mil
pessoas em suas apresentações na capital de São Paulo.
Em
2002 com 12 anos de formação a banda fez sua primeira turnê
internacional, essa nos
Estados Unidos em cidades como Stanford, New York e Revere. Logo
depois foi a vez de seguir o rumo da Europa em 2003 indo por duas
vezes a Itália, Suíça e Portugal fazendo da cultura nordestina, uma
cultura mundial. Mastruz com Leite continua depois de 15 anos de sucesso abrindo
caminho para o forró torna-se um ritmo universal.
O
repertório, do início, era composto por músicas "bregas"
em ritmo
de forró, músicas de Teixeirinha e alguns forrós conhecidos na época.
Depois vieram as de duplo sentido e as gravações internacionais,
cantadas na língua original, em ritmo de forró. Entretanto, deste
repertório, somente as "bregas" e poucos pé-de-serra foram
gravadas.
O
primeiro sucesso do
Mastruz
foi
à música "O Rei do Baralho",
que tocou em muitas rádios e serviu como termômetro para a
gravação do primeiro disco, o "Arrocha o Nó",
produzido pela
Continental, superando a fase em que gravava seus shows e
vendia as fitas. O primeiro Disco de Ouro foi mérito do segundo
CD "Coisa Nossa", gravado nos estúdios da SomZoom,
que deste
então, vem produzindo todos os CDs da Banda.
Preconceitos
e dificuldades marcaram a trajetória do
Mastruz
com
Leite.
As pessoas não acreditavam que músicos simples,
tocando um ritmo tipicamente nordestino, pudesse dar certo.
Entretanto renderam-se ao sucesso da banda e muitos que
criticaram, hoje elogiam, e até aproveitam o caminho aberto
pelo Mastruz.
Afinal, são
quinze
anos de carreira e cerca de 40 CDs lançados,
com um repertório que inclui gravações de grandes nomes da
música popular brasileira como: Luiz Gonzaga, Roberto Carlos,
Dominguinhos, Trio Nordestino, Jackson do Pandeiro e Peninha e outros.
O Mastruz já fez shows marcantes como o no Canecão-RJ, no Olímpiam-SP as
grandes casas de espetáculos do Brasil. Apresentou-se em
programas de TV como: Planeta Xuxa, Xuxa Hits, Faustão,
Falcão
na contramão, Jô Soares Onze e Meia, Hebe, Quem Sabe Sábado,
Clodovil,
Programa Livre, Vídeo Show, Especial Sertanejo, Sabadão, Mulheres,
Mexe Brasil, Bom Dia & Cia, Raul Gil, A Casa é Sua, Ratinho, Eu
Vi Na TV, Super Pop e muitos programas locais. E participou de várias
micaretas,
dentre elas: Micarina (Teresina - PI), Micaredanga (Brasília – DF,
Lavagem do Bonfim (Salvador – BA), e sem esquecer do Carnaval de
Salvador em 95
e Pré-carnaval de Fortaleza onde puxava o bloco Amor Q Fica com a música
interpretada por Kátia Cilene e Xampu da banda Aquárius “Amor que
Fica”.
Da formação
inicial, só Kátia Cilene permanece na Banda, sendo assim a mais
antiga no grupo que hoje possui 14 integrantes responsáveis por um público
amante do ritmo mais quente e afrodisíaco do planeta. Entregue-se
e divirta-se ao som do Mastruz com Leite a
qual não é mais a maior
do planeta, só continua sendo “A melhor banda de Forró do
Planeta”.
